Eduardo Bicudo quer levar DAN para novo nível do negócio da publicidade

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O executivo Eduardo Bicudo deu início à gest?o do DAN (Dentsu Aegis NetWork) na semana passada. Ele reuniu as lideran?as das 14 empresas da holding japonesa no país, que têm 1.200 funcionários, entre as quais mcgarrybowen, Amnet, Isobar, Lov, Posterscope, Pontomobi, iProspect, Cosin Consulting e NBS, de forma presencial e também por streaming. Além dos profissionais dos hubs dedicados às marcas General Motors e Heineken.

As negocia??es para a sua contrata??o duraram cerca de um ano. Ele n?o tinha inten??o de deixar a dire??o da Accenture Interactive na América Latina, mas terminou encarando como desafio estar presente em um momento de transforma??o da indústria da comunica??o. Bicudo também levou em conta sua admira??o pelo DAN, principalmente pelo portfólio de empresas e ofertas que ele define como “interessantes”. A aquisi??o da consultoria Cosin, em sua opini?o, é sinal disruptivo em um momento no qual a propaganda passa por questionamentos. Ele também elogia os servi?os de trading desk da Amnet no ambiente programático.
“A miss?o é pegar essa composi??o e levá-la para o próximo nível. As mudan?as que precisam ser implementadas est?o atreladas à transforma??o do consumidor e como ele toma decis?es em rela??o às marcas. Isso altera a cadeia de negócios, do varejo e bens de consumo. Os grupos de comunica??o precisam se adequar a essa mudan?a, que passa pela compreens?o da ‘omnicanalidade’ e entender a fun??o de cada ferramenta na jornada do consumidor, que n?o pode mais ser trabalhado de forma genérica. Eles manifestam inten??es em todas as pontas”, explicou.


A integra??o das 14 empresas será por processos e n?o por estrutura. “O modelo é ser ágil com a montagem de squads onde cm uma mesma mesa est?o diferentes skills para resolver um problema. E essas cabe?as podem vir das empresas do grupo. Com GM e Heineken já estamos nessa dire??o. A quest?o é como escalar e fazer funcionar tudo bem junto”, disse Bicudo. “A responsabilidade é encontrar caminhos para a gera??o de receitas e crescimento para os nossos clientes”, ele acrescentou.


“OS GRUPOS DE COMUNICA??O PRECISAM SE ADEQUAR A ESSA MUDAN?A, QUE PASSA PELA COMPREENS?O DA ‘OMNICANALIDADE’”
Bicudo enfatiza que 0 novo jeito de funcionar do consumidor precisa estar alinhado com os recursos financeiros e resultados. “Isso é um gap que a indústria como um todo sempre teve. Ela tinha métricas para medir a eficiência da própria indústria. Sim, a campanha gerou market share para o cliente. Mas a carência está na compreens?o dos efeitos exatos que um comercial exibido na TV têm nos negócios. E que quando estiver usando a TV há um disparo de considera??o na cabe?a do consumidor e a propaganda precisa entender essa jornada e transformá-la em convers?o. O plano é gerar negócios com cross selling por meio de sistemas que fa?am as nossas marcas, que têm as próprias tinturas, trabalharem integradas”, detalhou o novo CEO do DAN.


A experiência de dois anos na lideran?a da Accenture Interactive propiciou a Bicudo novo know-how, que será utilizado no DAN. “As consultorias partem de processos e estratégias de negócios para chegar ao elemento transformador, que é o consumidor. O grande volume das consultorias está na área de finan?as e recursos humanos. E com a tecnologia passaram a conhecer o consumidor que tem expectativas líquidas em rela??o às marcas e também ao que consome. N?o há mais lealdade e novos hábitos de consumo de bens duráveis, ou n?o. As agências sempre estiveram mais próximas do consumidor, mas circunscritas às plataformas de comunica??o em si. ? preciso entender os blends que o digital pode oferecer para transfotmar negócios. ? como se as consultorias estivessem no pré-sal da comunica??o, ou seja, na origem. As agências vêm de entendimento das caixas de diálogo, que é a mídia”, finalizou Bicudo.